17 de janeiro de 2013

Review #18 - Ledd


Olá queridos 1d4-1 leitores! O blog começou a ficar parado de novo, não é? Então, o maravilhoso mundo da greve acabou, bem como o fantástico mundo das férias. Dessa forma, meus horários disponíveis estão quase nulos. Mas, como prometi no começo da minha volta, vou tentar sempre arrumar um tempinho nem que seja pra postar um ou dois parágrafos com algum tipo de conteúdo. E hoje, especificamente, trago um material especial por dois motivos: Primeiro, porque envolve um cenário que eu curti MUITO na minha adolescência, o cenário de Tormenta, e Segundo porque é o trabalho de um amigo meu e companheiro de grupo, o desenhista Lobo Borges. E aí? Vamos lá?

Ledd



Ficha Técnica
Formato: Digital e Paperback
Estrutura: Capítulos com esporadicidade não definida e volumes especiais com 4 capítulos de 24 páginas em média
Autores: J.M. Trevisan e Lobo Borges
Editora: Jambô
Lançamento: Novembro de 2011
Preço: 19,90 cada volume ou 29,90 os dois primeiros na promoção

Talvez a melhor maneira de começar a falar de Ledd é dizendo que ele é uma iniciativa de se produzir quadrinhos para o mercado nacional em um formado que nunca tinha sido explorado de maneira comercial: Publicação online gratuita seguida de publicação impressa. Não tenho dados concretos para dizer o quão bem-sucedida esta iniciativa foi, mas posso afirmar que se tivemos 2 volumes publicados com o terceiro já em processo de produção, com certeza a editora Jambô atingiu suas expectativas.

Ledd traz um roteiro repleto de clichês, tanto de mangás quanto de aventuras de RPG, e conta a história de um garoto (O próprio Ledd) que se encontra na prisão mais temida do mundo e que ninguém conseguiu escapar. Ledd não tem a mínima ideia dos crimes que cometeu, na verdade, ele não faz ideia de nada em relação ao seu passado (e aí temos o primeiro clichê do personagem de RPG). O fato de não saber nada sobre seu passado, faz com que ele tenha apenas uma motivação para o futuro: Entender o que aconteceu.

Pois bem, na prisão de Hardoff (dentro do cenário de Tormenta), ele conhece Ripp, um mago muito legal que usa cabelos como componentes materiais para suas magias (E o segundo personagem mais legal de toda a série). Juntos, os dois conseguem bolar um plano e escapar da fortaleza, o que atrai a ira e desejo de vingança de vários soldados de Yuden (Soldados estes que possuem nomes de jogadores alemães de futebol). Durante sua fuga, Ripp e Ledd conhecem a "ladina" Drikka e o carismático Horlogh (O personagem mais legal de toda a série, um troll/ogre com black power e gordo o suficiente pra ficar entalado na própria casa).

A história até o volume 2 se desenrola com flashbacks/memórias dos personagens e momentos da própria fuga. Uma das grandes sacadas foi o fato de que Ledd recupera a memória cada vez que ele consegue se superar, tanto no sentido figurado quanto no sentido literal. A revista mostra o garoto derrotando (em um sonho ou delírio) um clone dele mesmo para recuperar suas habilidades de luta.

Engana-se quem pensa que os clichês tornam a série previsível. O segundo volume da série conta a história da origem de Drikka, que envolve um amor proibido e um grupo de caçadores de dragão onde cada personagem é mais estiloso do que o outro. Enfim, a graça de Ledd, até agora, não é o plot principal, nem mesmo o personagem que dá nome à série, mas sim, seus coadjuvantes extremamente carismáticos e que fogem dos padrões que vemos nas histórias em quadrinhos.

Não é porque conheço o desenhista que vou maneirar nas críticas. Lobo Borges faz um trabalho muito bom com a revista. O estilo de desenho de Ledd me lembrou muito o estilo do próprio Eichiro Oda, quando vejo Ledd, consigo visualizar facilmente a figura do Ruffy (nunca chamarei de Luffy) com outra roupa. Eu, particularmente, não sou fã dos desenhos da Erica Awano (e até acho que ela desenha razoavelmente mal as  cenas de ação), mas se compararmos HA com Ledd, em termos de Arte, a segunda está a anos luz de distância da primeira. Enquanto em Holy Avenger, a evolução da Awano é quase nula, em Ledd, percebe-se uma evolução a cada capítulo (e pelo prevíew do capítulo 10, o nível está superando alguns títulos de mangá de nível internacional).

Enfim, confesso que não liguei pra Ledd até ele chegar perto do quinto capítulo quando comecei a ler. Sempre curti o Trevisan como roteirista, desde a época da Dragão Brasil e da Só Aventuras, onde ele chegou a escrever alguns contos (e o meu preferido até hoje é o Son of a Gun) e aventuras. Em Ledd, percebe-se um pouco da inexperiência dele dentro do nicho do mangá, entretanto, é perceptível também o quanto ele tem estudado, tanto por causa dos clichês que ele tem utilizado, quanto por conta de algumas soluções de roteiro e até mesmo personagens.

Se me perguntarem se eu recomendo Ledd. a resposta é um grande SIM! Eu consegui os meus volumes autografados com o próprio Lobo, e digo que estão na minha prateleira de artefatos colecionáveis neste exato momento.

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