21 de dezembro de 2008

Campanha do Paço #5 - Prelúdio da Nova Sessão

Estava escuro, Guss corria pelos becos estreitos de Ankorros e esperava chegar até a 'Casa de Trocas', como era conhecida a guilda de ladrões da cidade. A criatura que o perseguia não parecia andar tão rápido, mas sempre aparentava estar à sua frente de qualquer forma. Talvez fosse um tipo de mago, ou talvez alguma criatura pior.

Guss era o prefeito da cidade, porém, sabia que seu cargo era apenas simbólico. Os ladrões da Casa de Trocas o colocaram no poder por ser extremamente burro e manipulável, e de uma forma de outra, ele sabia disso mas não se incomodava. Recebia uma boa quantia em dinheiro como propina e poderia sustentar sua vida luxuosa por um bom tempo. Pelo menos até os ladrões enjoarem de seu trabalho.

A criatura parecia estar sempre próxima, o que forçava o rechonchudo prefeito a mudar seu caminho cada vez que estava bem próximo de seu destino. Ela parecia estar brincando com ele, estudando o quanto ele poderia fugir para então dar seu bote mortal. Guss começou a sentir um enorme arrependimento por ter ouvido aquela voz que latejava em sua cabeça. Ela dizia para ele ir ao lago. Será que foi tudo uma armação de um mago inimigo da guilda? Depois que se viu encurralado, decidiu procurar a Casa de Trocas para pedir ajuda, afinal, era importante demais para aqueles ladrões.

Faltavam apenas duas ruas, Guss já não aguentava mais correr, sentia seu coração palpitando e quase saindo pela sua boca. Sua respiração estava muito ofegante e ele pensou consigo "Se eu não morrer pela criatura, morro do coração".

Precisava apenas dobrar uma esquina e chegaria à porta da Casa. Mas antes que pudesse alcançá-la, sentiu uma forte dor no peito e caiu no chão. Seria esta a hora que a criatura o pegaria de jeito. Viu a silhueta humanóide se aproximando, caminhando lentamente em sua direção. Estava muito escuro, ninguem estava com a janela aberta, amaldiçoou seu azar naquela hora. Tentou olhar em volta, talvez encontrasse algum membro da milícia da cidade, mas novamente sem sorte. Como último recurso, tentou gritar, mas a voz não saiu. É... Estava perdido.

Ao se aproximar, ouviu em sua mente palavras em um idioma estranho que soava como alguem amassando uma folha de papel. Estranhamente ele sabia o que a criatura queria dizer: "Você agora é meu, prefeito!

18 de dezembro de 2008

Campanha do Paço #4 - Nova Sessão

Olá pessoas, depois de muito muito tempo, estou de volta para mais uma atualização no blog. Dessa vez com boas novas: O Grupo de RPG no Paço retornará triunfante com novos integrantes(E talvez alguns velhos).

Hoje foi um dia apenas para planejamento da sessão, perguntar os interesses do pessoal a respeito de campanha e criação de personagens. Nada muito sério, foi algo mais para que os novos integrantes pudessem se conhecer legal e pra gente combinar os detalhes da campanha sem perder tempo no dia de jogo.

Os personagens foram:

- Hugo > Daran, Mago humano
- André > Sem Nome, Guerreiro humano
- Daniel > Wilbur(LOL), Bárbaro meio-orc
- Anderson > Clarisi Rock, Clérigo de Kord humano
- Rafael > Elander Wolfstep, Ladino humano
- Romulo > Ilya Stefanov, Bardo humano


Estão sujeitos a pequenas alterações na próxima sessão. Ficou decidido também que será uma aventura com intrigas políticas e guerras, tendo em vista que o pessoal é viciado em Senhor dos Anéis =P

Por enquanto é só. Breve estarei postando a sinopse da aventura, bem como o prelúdio e o banner. Espero que todos os novatos gostem de jogar no grupo de RPG no Paço e que possamos jogar uma aventura realmente boa.

See ya o/

27 de novembro de 2008

Sidequest #19 - Meme

O que é um meme?

Para a blogosfera, a palavra "meme" significa um post que se multiplica por vários blogs, sendo que cada blogueiro personaliza da sua maneira (por exemplo: um blogueiro vota em 5 blogs e estes votados têm que votar em 5 blogs favoritos cada um). Ou seja, a criação de memes já é tendência. E o meme virou, ironicamente, o maior meme de todos.

Em outras palavras, é uma grande corrente entre blogs para que haja uma divulgação legal dos endereços e pra aumentar o pagerank. Devo admitir que não curto correntes, mas essa é por uma causa mto boa.

Cada Meme tem uma série de regrinhas para que as pessoas repitam em seus blogs o que aconteceu. Cada um modifica as regras ao seu gosto e posta, passando-as assim para o próximo a participar. O VMOES do Minas Morgul me convidou, então eu estou repassando.


As regras são as seguintes:

  1. Link a pessoa que te pegou;
  2. Poste as regras em seu blog;
  3. Escreva 6 coisas aleatórias sobre você;
  4. Pegue mais 6 pessoas e coloque os links no final do post;
  5. Deixe a pessoa saber que você o pegou, deixando um comentário no blog dela;
  6. Deixe os pêgos saberem quando você publicar seu post.
  7. A regra variante, diga o que você gosta de fazer em horas vagas (estou realmente sem criatividade hoje)

Como as regras 1, 2 e 5 já foram cumpridas, aí vão as outras:

3 - Sou uma pessoa que compra coisas por impulso, quando estou em fase que gosto de algo, eu acabo comprando coisas que tenham relação com o vício.

Eu amo minha namorada demais! Isso é um fato que eu gostaria de deixar claro aqui ^^

Gosto de todo tipo de música, desde que agrade meus ouvidos. Não tenho preconceito em relação a nenhum cantor/cantora/banda, embora eu sempre prefira vocais femininos(por questão de gosto mesmo)

Coleciono livros de AD&D, embora tenha realmente poucos. Gosto tanto dos que tenho que considero todos eles minhas relíquias.

Coleciono video-games. Sempre que posso, compro um para a minha coleção, com seus jogos mais famosos quase sempre originais. Ironicamente, não tenho tempo pra jogar nenhum deles.

Pra terminar, acho o livro de Senhor dos Anéis mto embromação, podia ter um pouco mais de ação e um pouco menos de descrição de coisas.

7 - Eu curto fazer tudo, embora eu costume jogar video game ou ficar no MSN mesmo.

1 e 4 -

26 de novembro de 2008

Sidequest #18 - Council of Wyrms

By Mizita (A.K.A. Michie Porca)

Council of Wyrms é uma caixa de Dungeons & Dragons que inclui regras para se jogar com dragões, meio-dragões e servos de dragões. Na caixa trás três livros para serem bem aproveitados: Um para as regras básicas, outro para histórias das Famílias e Clãs de dragões e o último é um módulo com várias aventuras. Em 1999, ela foi severamente revisada e reimpressa em um livro de capa dura.

O cenário para a campanha se dá em um arquipélago de ilhas chamadas Io's Blood Island Chain (ou Arquipélago do Sangue de Io). Cada uma destas ilhas possui um fator climático forte e são separadas do resto do mundo por um vasto oceano.

O sistema de governo dos dragões é descrito como uma democracia meio EUA, onde tudo passa por um conselho onde cada líder de clã dá um voto e o líder dá o voto final no caso de empate. Assim, todos os dragões cooperam entre si, tomando decisões que proporcionem o bem-estar de todos.

Humanos não são nativos nas ilhas, e aqueles que pisam em qualquer lugar do arquipélago normalmente são caçadores de dragões. É desnecessário dizer que dificilmente algum deles sai vivo de lá.

De acordo com a mitologia dracônica descrita no livro de clãs, as ilhas foram criadas pelo grande deus dracônico conhecido como Io. Vendo suas crianças dracônicas envolvidos em uma Guerra, ele bradou: "Se o sangue dracônico precisa ser derramado, então que seja o meu". Então ele rasgou sua barriga com as próprias garras e derramou seu sangue pelos oceanos. O sangue divino se solidificou e se tornou um arquipélago. Io então deu estas ilhas aos dragões, esperando que eles vivessem lá em paz.


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Olá pessoas! Depois de ler esse texto vcs devem estar se perguntando: "E daí?". Pois bem, eu responderei a você: "Eu vou mestrar isso aí!". Preciso de bravos guerreiros que tenham interesse em interpretar dragões em uma sociedade inteira deles. Preciso de jogadores valentes o suficiente para aguentar a parada inteira.

Será que tem alguem por aí?

21 de novembro de 2008

Mini Cenários #2 - Blutigen Fluch e a Rainha dos Vampiros


Olá pessoal! Estou eu aqui, depois de um tempinho sem postar, para liberar mais um mini-cenário pra quem quiser ler. Passei um tempinho off por causa das provas de fim de semestre(que por sinal ainda não acabaram, mas como estou com notas boas, dá pra relaxar um pouco).

O cenário que vou descrever hoje me veio à mente depois que vi um post em outro blog de RPG, o Castle& Dragons, de um membro lá da SpellRPG. No referido post, o autor relata uma raça nova de meio-vampiros que habitam um mundo inventado por ele e utilizado em sua mesa de jogo. Gostei muito da idéia e decidi fazer algo inspirado. Talvez algumas pessoas identifiquem elementos do jogo Soul Reaver, mas eu vou tentar ao máximo tornar o cenário algo que tenha mais idéias minhas do que idéias aleatórias arrumadas( Tormenta? ).

História



Tudo começa quando Hiekka Redmarks, o grande herói anão de Blutigen Fluch, acompanhado de seu grupo encontra um templo abandonado nas Montanhas Vermelhas. Depois de algumas horas de exploração, o grupo acabou por encontrar uma sala secreta onde estava guardado um grande baú feito totalmente de prata. Encantados com a possibilidade de riquezas, Hiekka e seu grupo carregaram o baú até a cidade de Runyhome.

Depois de fazer um exame mais detalhado,Loitsunia, a maga do grupo, afirmou que era seguro que todos abrissem e verificassem o tesouro que haviam encontrado. Porém, mal sabia Hiekka que sua amiga estava sendo controlada pelo que estava dentro da grande caixa de prata. Ao abrirem a urna, os aventureiros viram três grandes luzes que brilhavam intensamente na sala em que estavam. As luzes então começaram a sugar a energia vital do grupo de aventureiros, que permaneciam estaticamente perplexos diante de tudo o que acontecia. Antes de perder a consciencia e eventualmente morrer, Hiekko pôde ver uma bela mulher em um longo e bonito vestido saindo da luz e tomando sua mão.

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Verynia olhou para os lados e teve a impressão de ainda estar aprisionada, impressão esta que passou rápido quando o vento bateu em seu rosto, fazendo voar suavemente seus cabelos. Quando moveu sua visão adiante, percebeu cinco pequenas criaturas que lembravam as fadas de seu tempo, porém, não tinha certeza do que eram, pois duas delas eram pequenas demais. Estava faminta, precisava de um pouco de vida para poder andar pelas terras escuras. Alimentou-se das pobres criaturas sem nenhum dó.

Tinha o mundo inteiro pela frente para explorar e comandar, porém, não poderia fazer isso sozinha, precisava da ajuda de suas irmãs. Verynia então reuniu alguns escravos, utilizando sua ganância e seus poderes malignos para torná-los bonecos animados sob seu controle total. Alguns meses de trabalho e busca intensa e ela já havia encontrado e reunido as duas urnas onde repousavam os cadáveres de suas queridas irmãs.

A mulher então tratou de preparar o ritual macabro que traria as duas rainhas vampíricas de volta à vida em sua forma plena de poder.

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Verynia, a Rainha dos Vampiros, e suas irmãs malditas haviam sido trancadas em urnas seladas para evitar que sua maldade se espalhasse por Blutigen Fluch. Porém, acidentalmente, a pior de todas havia sido libertada por aventureiros descuidados. Uma vez livre, Verynia procurou suas irmãs para que mais uma vez pudessem espalhar a maldade através das terras habitadas.

Infelizmente, algo deu errado para a Rainha dos Vampiros, enquanto aprisionada, ela permaneceu adormecida para evitar que o restante de seu poder se dissipasse e ela acabasse morrendo. Por outro lado, suas irmãs concentraram o restante de seus poderes para desenvolver seus corpos e se tornarem criaturas superiores. Ao serem revividas por Verynia, as irmãs Ayania e Mylenia estavam diferentes. Muito mais poderosas do que sua irmã mais velha. Ayania havia criado logas e majestosas asas e suas garras estavam mais afiadas do que nunca. Mylenia tinha agora um par de chifres místicos que aumentavam seus poderes mágicos, e sua pele estava tão resistente que agora ela podia andar sob a luz do sol escaldante sem sofrer nada.



Tomada pela inveja, Verynia arrancou as asas de Ayania e a pele de Mylenia, que apesar de estarem mais poderosas, ainda precisavam se alimentar para recuperar seus poderes plenos. As duas irmãs foram então deixadas para morrer no meio do Deserto de Fogo para morrerem e nunca mais foram vistas.Verynia então usou as asas e a pele em um ritual macabro para tornar-se mais poderosa e poder governar sozinha.

Vendo tudo isto e insatisfeito com o que estava acontecendo, Pelor, o deus do Sol, interviu pessoalmente quase matou Verynia. A rainha conseguiu escapar graças a um portal que levava a uma dimensão onde deuses não poderiam entrar(Ou Sigil, caso vc use elementos de planescape). Nesta dimensão, a rainha encontrou uma criatura misteriosa que lhe ensinou uma poderosa magia que era capaz de criar seres vivos a partir de matéria inanimada.

Decidida a reunir poder antes de retornar a Blutigen Fluch, Verynia criou seres que batizou de Bloodyans. Eram seres que partilhavam de sua natureza vampírica, porém, com menos restrições e menos poderes. A rainha então usaria estes seres como seus escravos e soldados para poder tomar o controle e desafiar o deus que a humilhou.

Os Bloodyans foram então enviados às terras de Blutigen Fluch para adquirirem poder e conhecimento, antes de retornar e servir sua rainha no plano de dominação do mundo.

Personalidades importantes


Vardania - É conhecido entre as raças inteligentes como 'Príncipe Negro'. É um Bloodyan guerreiro muito poderoso e comanda um reino conhecido como Terra de Vardania, ou simplesmente Vardania, tamanho é o seu ego. Não é muito ligado à missão de sua raça e, para ele, a história de Verynia é apenas uma lenda contada por velhos Bloodyans para explicar sua maldição de dependência de energia vital dos seres vivos.

Allienni - Uma bloodyan que comanda a maior escola de magia do mundo. Dizem as lendas que ela conhece a Rainha dos Vampiros pessoalmente e que sua escola guarda um grande segredo do retorno de Verynia. Especula-se que seja uma magia capaz de abrir um portal para a dimensão onde os deuses não podem entrar(Sigil) ou então um grande artefato mágico que torna os vampiros verdadeiros capazes de andar sob o sol.

Ulfgar Von Blaster - Um famoso caçador de bruxas anão. Ele devotou sua vida inteira a caçar e matar bloodyans e outros undeads. Depois de um tempo, sua presença passou a ser temida por todos os undeads inteligentes, que passaram a tramar formas de destruí-lo. Nunca obtiveram sucesso nessa empreitada. Hoje, ele é um senhor de idade e abriu uma Escola onde ensina jovens aventureiros algumas técnicas de combate contra monstros específicos.


Considerações Finais

Blutigen Fluch é um cenário com o clima dark de Ravenloft, misturado à fantasia medieval padrão de Mystara, sendo mais voltado para aventuras curtas do que para campanhas inteiras. A maioria das histórias se passará em alguma vila, onde os PCs deverão tentar resolver algum mistério que envolva algum Bloodyan ou outro undead poderoso. O outro lado também pode ser explorado onde, por exemplo, os PCs podem ser Bloodyans tentando trazer de volta os dias de glória de sua rainha ou caçando os membros infiéis de sua raça.

Recomendo que não sejam usadas outras raças além de Humanos e Anões, pois acredito que perderia um pouco o clima do cenário de raças oprimidas por forças sobrenaturais. Elfos, com um pouco de trabalho, podem ser encaixados de alguma forma como aliados ou rivais dos bloodyans, tendo em vista a sua afinidade com a magia.

A maioria dos aventureiros trabalhará como mercenário, pois este é um cenário onde pessoas boazinhas não teriam muita motivação além de caçar monstros ou livrar o mundo da rainha do mal. A raça dos Bloodyans pode ser usada tando com personagens bondosos quanto malignos, embora a segunda opção seja mais frequente.

Acho que por hoje é só. Espero que tenham gostado ou que pelo menos tenham tido algumas idéias para incrementar seus próprios cenários.
Abraços a todos e desejem-me sorte no vestibular =D

See ya! o/

6 de novembro de 2008

Mini Cenários #1 - Dragon Quest - Dai no Daibouken


Olá pessoal! Estou tentando fazer com que este velho e parado blog não morra. Tentarei fazer pelo menos 1 post por semana com pelo menos algumas palavras minhas sobre experiências RPGísticas. Pois bem, vamos aos trabalhos!

Estava aqui em casa, sem mta coisa pra fazer em uma véspera de semana de provas( T.T ) e pensei em postar mais um review, afinal, este é um blog cujo objetivo inicial era fazer reviews de livros e aventuras prontas de RPG. Mudei de idéia. Muitas vezes converso com minha amada Mizita e ela tenta me estimular a produzir material escrito. Ela diz que tenho muita criatividade e que preciso exercitar. Não sei se é algum problema de modéstia excessiva ou falta de confiança, o fato é que nunca gosto do que escrevo, por isso, peço opiniões. Sempre acho que estou fazendo um grande clichê ou algo totalmente sem noção.

Foi aí que mandei tudo isso pro inferno e decidi escrever idéias absurdas aqui neste blog em forma de mini cenários que, se em um futuro longínquo eu decidir desenvolver, estarão resumidos em algum lugar. Vou tentar postar assim que minha criatividade colaborar comigo.

Pra começar, vou usar um cenário que me inspirou em muitas brincadeiras durante a infância(e também em muitas aventuras), que é inspirado em Dragon Quest - Dai no Daibouken, ou simplesmente Fly - O pequeno guerreiro.

Eu peguei algumas idéias do anime e tentei usar com alguma liberdade criativa(entenda como "mudar coisas que eu não gostava) em aventuras antigas de D&D(no tempo em que personagens de aventuras minhas toravam cabeças de dragão no segundo nível). A primeira experiência não deu certo, porém, agora com um pouco mais de maturidade eu acho que dá pra fazer algo mais legal. Então... Vamos começar!

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História

A história do cenário começa quando o reino de terror do Grande Rei Demônio Hadler acabou. O grande herói espadachim conhecido como Avan, acompanhado por seus amigos Loca (um outro poderoso guerreiro), Leyra (uma clériga especializada em magias de cura) e Matoriv (um mago cuja especialidade eram magias de fogo) derrotou Hadler em uma grande batalha conhecida como "A Batalha dos Reis". Até que a paz reinou sobre os reinos durante aproximadamente dez anos.

Após a derrota do Rei Demônio, todos os monstros ficaram livres da força conhecida como "Evil Will", que é responsável por tornar boas criaturas em máquinas assassinas. Isto não fez com que a apreensão das pessoas ficasse menor diante daquelas criaturas que um dia foram ameaças mortais. Então, o grande herói Avan reuniu todos os monstros bondosos e levou-os a uma ilha que foi batizada de Ilha Demlin.

Brass, um velho monstro com alguma inteligência, foi incumbido pessoalmente por Avan a vigiar a ilha e protegê-la de todo o mal. O grande herói passou 1 ano ensinando a Brass várias técnicas de espada e magia para que pudesse exercer sua função com sucesso.

Dez anos então se passam e mais uma vez o mundo se depara com a ameaça de Hadler. O Lorde Demônio conhecido como Vearn usou poderes mágicos e ressuscitou seu Rei. Porém, desta vez, o corpo de Hadler estava muito mais poderoso, além de poder ser revivido indefinidamente por Vearn, graças à sua magia demoníaca.

Mais uma vez, então, o Rei Demônio ameaça a terra, liderando seus muitos exércitos por todo o mundo e acabando com a tão apreciada paz.

Personalidades Importantes


Hadlar - É o Rei Demônio que ameaça a paz no mundo. Foi revivido por um de seus comparsas, Vearn, e desta vez está mais poderoso e praticamente imortal. Pretende usar seu novo poder para se vingar de Avan e instaurar novamente o seu reino de maldade sobre o mundo.

Habita o local conhecido como Continente da Morte e possui uma grande armada pessoal de demônios muito poderosos. Depois de ter sido revivido por Vearn, está reunindo novamente seus generais para obter o controle do mundo.

Avan - É o grande herói que salvou o mundo uma vez. Seu nome completo é Avan de Ziniur III e tem atualmente 41 anos de idade. É um grande mestre espadachim e conhece diversas técnicas e mágicas que utilizou para destruir o Rei Demônio. Teve alguns discípulos durante sua vida, dentre os quais, destacaram-se o jovem Dai, o mago Pop, a garota Maam e o príncipe de Holkia conhecido como Hyunckel.

Vearn - É o general do Exército das Sombras. Estima-se que é a criatura mais antiga de todo o Planeta. Possui grandes poderes mágicos e seus planos são desconhecidos até mesmo pelo Rei Demônio.

Exércitos do Mal

A - Exército das Cem Bestas - Animais, Plantas, Insetos Gigantes, etc - Liderados pelo Homem-Fera conhecido como Crocodini. Ameaça o reino de Lomoss com diversos ataques de feras malígnas.

B - Exército das Sombras - Guerreiros Undead, Aparições, Sombras e Fantasmas - Liderados por Vearn, tenta obter o controle de um terço do continente de Kildmein.

C - Exército dos Feiticeiros - Druidas, Magos Malignos, Feiticeiros Malignos e Spellcasters em Geral - Divide com Vearn e Balan o continente de Kildmein. Ataca os dois reinos mais fracos do continente: Teran e Bengaana. É liderado por Saboella, um velho feiticeiro que vendeu sua alma ao Rei demônio em troca de poder mágico; ainda assim é o mais fraco dos generais.

D - Exército dos Mortos-Vivos - Esqueletos, Zumbis e Mortos-Vivos em geral - É liderado pelo antigo aprendiz de Avan conhecido como Hyunckel. Ao completar 16 anos, o príncipe de Holkia foi sequestrado por Vearn e sofreu uma lavagem cerebral. Sobre o comando do Exército dos Mortos-Vivos, destruiu o reino de Papnika. A então princesa conhecida como Leona foi dada como desaparecida desde o ataque.

E - Exército dos Super Dragões - Dragões Cromáticos, Criaturas Dracônicas e Magos Dracônicos - Durante a época de Paz, o reino de Lingaia foi conhecido como "Reino Fortaleza". Porém, quando enfrentou o exército mais poderoso de Hadler, caiu em apenas uma semana. Seu líder é Balan, um meio-dragão com grandes poderes demoníacos obtidos por meio de Hadler.

Balan nem sempre foi maligno. Sua esposa e seu filho foram mortos por um ser misterioso e, tomado pela fúria, jurou lealdade ao Rei Demônio em troca de poder. O que Balan não sabe é que o ser que matou sua mulher e filho foi o próprio Hadler.

F - Exército dos Demônios de Fogo e Gelo - Salamandras, Mephits e criaturas temáticas de fogo e gelo (doh) - Liderados pelo demônio conhecido como Flazzard (Pronuncia-se Fleizarde). Foi criado através de uma Magia Proibida usada por Hadler. Assim como seu nome (Flame + Blizzard) seu corpo é a fusão de Fogo e Gelo. Controla grandes poderes elementais de fogo e gelo e se importa apenas com a glória e a vitória nas batalhas.

Provavelmente este comportamento é causado pelo fato de Flazzard ter sido criado a partir de mágica, e não ter nascido como qualquer outro ser vivo. Graças a seu temperamento, ele não mede esforços para chegar ao seu objetivo (a vitória), sem se importar com lutas limpas ou métodos lícitos.

Considerações Finais


O cenário segue o velho estilo Senhor dos Anéis, onde o mal impera sobre todos e os heróis são apenas uma ponta de esperança. Não é um cenário de fantasia medieval comum. As raças inteligentes são os Humanos e os Demônios, que não são necessariamente malignos.

Os humanos não são tão oprimidos quanto se esperaria em um cenário onde o mal impera. Os reinos possuem grandes e poderosos exércitos que conseguem fazer frente a algumas armadas demoníacas.

A profissão de "Herói Aventureiro" é algo muito valorizada entre todos os povos. Um Herói normalmente é condecorado pelo reino com tesouro e uma grande festa depois de um ato de bravura. O único porém é que os Heróis costumam ser mortos primeiro pelos exércitos malignos, tendo suas cabeças penduradas em estandartes grotescos para que sirvam como exemplo.

Enfim, este é um cenário que eu mestrava há muito tempo (eu tinha entre 10 e 12 anos, portanto, dêem um desconto), quando comecei a jogar RPG. Se alguém gostar de alguma coisa, comenta aí. Dêem sujestões e idéias. Quem sabe não podemos transformá-lo em algo legal de se jogar.


Por hoje é só pessoal!

See ya o/

2 de novembro de 2008

Sidequest #16 - O fim de uma era

É triste, mas os grupos de RPG acabam. A maioria deles acaba por falta de narrador, o meu acabou por falta de jogadores.

Primeiro saiu Ivanildo, que nunca sabíamos se jogava ou se vinha apenas para observar. Depois saiu Bruno por pressão da namorada e do outro grupo que possuía. Em seguida a debandada em massa. Evandro saiu porque queria atuar no teatro, Lucas e Renato pois possuiam outro grupo ao qual se dedicavam. Por fim, eu saí pois não havia como continuar com apenas três pessoas.

Não foi por falta de tentativas. Recrutei jogadores nos lugares onde poderia fazê-lo, mas nada encontrei. Minha última cartada foi o Encontro de RPG do Bob's que rolou ontem(mesmo dia em que o Timbú venceu o Derrota da Bahia por 1x0). Nada.

Hoje eu me recolhi à minha insignificância de narrador sem jogadores e fui jogar na mesa de Lucas. Morri pateticamente na primeira sessão. Depois disso, percebi mais uma vez o quanto é bom ser narrador.

O plano agora é dividir o grupo com Lucas, voltando a mestrar outra vez para os sobreviventes do grupo e quem sabe alguma cara nova. Seria um bom retorno para um mestre frustado, não é?

Espero que sim...

See ya o/

19 de outubro de 2008

Campanha do Paço #3 - Relato 3




Olá pessoas! Depois de muito tempo parado, o blog retorna com o relato da sessão de semana passada ^^
Amanhã é dia de entregar trabalhos na AIS, então hoje de noite eu não sei se postarei!

Desta vez o relato foi feito por Evandro, tendo em vista que ninguem se candidatou para fazer. Os aventureiros mais uma vez tentaram invadir a casa do mago, e, depois de um curto período de exploração e surpresa com as armadilhas, eles saíram para se recuperar.
Esta será a terceira sessão em que eles explorarão a masmorra, espero que desta vez tenhamos algum progresso ^^

30 de setembro de 2008

Sidequest #15 - Trabalhos Paralelos

Olá visitantes e amigos! O blog está parado pois estou em época de provas e também porque meu grupo está de férias. Daqui a dois domingos retornaremos a jogar em nossa nova campanha que está ficando batuta.

Enquanto estamos neste intervalo, estou procurando enriquecer meu currículo de Designer Gráfico fazendo trabalhos para sites, dentre eles o famoso Now Loading. Conheci o NL através do bom e velho Jovem Nerd e hoje eles se tornaram meu Podcast preferido dentre todos os que ouço. Dá pra imaginar a alegria e a honra que sinto de estar trabalhando para eles, mesmo que seja fazendo coisas simples como banners e botões.

Eis alguns dos meus primeiros trabalhos por lá:


Detalhe que os dois últimos foram artes excluídas, pois as outras feitas acabaram ficando mais legais ou mais estéticas ^^

Espero que tenham gostado assim como eu gostei e fiquei orgulhoso.

Por hoje é só e See Ya! o/

21 de setembro de 2008

Campanha do Paço #2 - Relato 2





Olá pessoas! Estou eu aqui, em um curto espaço de tempo para dizer que o blog de aventuras foi NOVAMENTE atualizado com um relato da sessão. Desta vez, o antipático mago Kristian descreve o que aconteceu na sessão.

Desta vez, o intrépido grupo de aventureiros conheceu mais dois companheiros: o jovem monge Julius Caesar, e a meiga clériga de Farlangh chamada Shira. Depois disso, todos foram para a velha mansão de Argollonvraxx, que não estava tão abandonada assim, e foram forçados a recuar devido às feridas de um companheiro.

Por hoje é só galera!

See Ya o/

20 de setembro de 2008

Campanha do Paço #1 - Relato 1


Olá pessoal, estou postanto rapidinho hoje apenas para avisar que o primeiro relato de sessão da nova aventura já está disponível. Desta vez o responsável foi Evandro, o mago Gnomo.

Ele tratou de contar como a maga Laina Vandevic contratou aventureiros para resgatarem uma misteriosa caixa no reino de Karameikos, em uma antiga mansão mal-assombrada. O relato ainda conta como foi a antipatia na hora em que o grupo se conheceu e como a desconfiança ainda impera entre as pessoas.

Amanhã teremos uma sessão nova. Passaremos nossas fichas para o sistema Pathfinder, e espero testar o sistema, que para mim parece extremamente bom, pela primeira vez.

Por hoje é só...
See ya o/

19 de setembro de 2008

Sidequest #14 - Novamente, recomeçando de novo outra vez!



Olá pessoas! Velhos hábitos nunca morrem, especialmente velhos hábitos de um narrador que adora começar campanhas do de primeiro nível. =D

Dessa vez eu posso alegar que a culpa não foi minha. Nossa mesa teve uma evasão absurda de jogadores. Parece que o capeta andou conspirando contra nosso grupo. Todo mundo tinha compromisso, trabalho, prova, bofe, carro, futebol.... NO DIA DO RPG. O DIA SAGRADO DO RPG. *Indignação Off*

Esta então será minha vingança, doce vingança: começar tudo do nível 1. Não que a campanha antiga de Mystara tenha sido jogada no lixo, o problema é que ficaria sem noção criar um grupo totalmente novo para continuar uma história de personagens antigos. Talvez, em algum futuro, eu retome tal aventura, mas isso já está fora dos planos atuais.

Campanha nova, sistema novo! Sim, NUNCA MAIS JOGAREMOS D&D. Pelo menos, eu não mestrarei. Descobri as maravilhas do sistema Pathfinder (que não é a ferramenta do Illustrator CS3). O dito cujo é o que o D&D4th deveria ser, mas não é, aquela porcaria. Qualquer dia eu faço um review pra galera que nunca view(sacaram o trocadilho? Heim? Heim? xD )

Muito bem, vamos agora aos trabalhos



Triologia de Mystara
~A Orbe dos Dragões~
História: Daniel "Careca" Braga e Mi, a Namorada
Casting:

Diogo - Homem Sem Nome (Ladino)
Evandro de Mesquita
- Crispin Risel (Mago)
Ivanildo Jr. - Shira (Clériga)
Lucas Galindo
- Kristian Starovich (Mago - Conjurador)
Renam - Laucian (Ranger)
Renato - Allon Highhill (Ladino)

Saulo de Mesquita - Julius Caesar (Monge)

Nesta campanha que ainda precisa de personagens de jogadores, os heróis encontrarão uma misteriosa e insana maga que procura um tesouro em Karameikos. Tal tesouro é o cadáver de um poderoso e falecido feiticeiro que vivia em uma mansão que atualmente se encontra povoada por Mortos-Vivos. Caberá aos aventureiros descobrir todo o mistério por trás de uma trama de ganância e insanidade.

É impossível eu escrever mais coisas aqui sem dar spoilers, então eu recomendo que todos leiam o Blog de Aventuras(basta ir na linkbar lá em cima e clicar que você chega lá, ou simplesmente clique aqui).

O prólogo já está disponível para ser lido e em breve eu prepararei um apêndice para a aventura com novas imagens e históricos de NPCs. Espero que dessa vez a gente possa continuar até o fim dos níveis. Talvez role até uma mesclagem com a antiga campanha, só vai depender dos jogadores e do desenrolar desta aqui.


12 de setembro de 2008

Sidequest #13 - Nomes de Personagens de RPG


Olá pessoas que visitam este blog quase abandonado! Arrumei um tempinho esta semana para falar de um assunto que algumas pessoas acham legal, outras têm enorme dificuldade no tema (não é Evandro?). O que muita gente concorda é que inventar o nome de um personagem pode ser a pior parte de se fazer uma ficha, por ser a parte mais difícil.

Você já deve ter se pegado olhando vários livros a procura de um nome ideal para aquele seu guerreiro que usa duas espadas gigantes. Este é realmente um momento importante, pois o nome de seu personagem definirá como ele será conhecido nas canções dos bardos. Como será chamado por seu povo, caso se torne Rei. Em resumo, um momento de imensa importância.

Vou tentar, por meio deste artigo, dar algumas dicas de como se podem inventar nomes, ou quem sabe usar um nome já pronto, para que sejam os mais adequados para seus personagens de RPG, seja qual for o sistema.

O Óbvio é bom, mas só no começo



Um dos meus primeiros personagens de RPG (e de AD&D) foi um pequenino halfling. Na época eu ainda não tinha lido "O Hobbit", conhecido como "Antigo Testamento Nerd" e livro que introduz o universo de J. R. R. Tolkien. Não, meu halfling não se chamou Bilbo, mas sim Oblib (XDDDD). Depois do pequeno Oblib, eu joguei com magos chamados Merlin e guerreiros chamados de Conam.

É extremamente compreensível que jogadores em seu início de carreira se utilizem deste tipo de macete. Se é complicado para um jogador experiente criar um bom nome, imagine você um cara que mal leu o Livro do Jogador, totalmente sem referências das várias mídias adequadas ao RPG.

Mesmo assim, estes exemplos representam a primeira dica do que NÃO se deve fazer. Evitar usar nomes de personagens famosos é fundamental. Se o seu objetivo é fazer com que seu personagem se torne memorável, lembrado por eras, um nome famoso provavelmente irá ofuscá-lo.

Este tipo de idéia só vale a pena justamente quando sua intenção é fazer com que seu personagem seja confundido com sua contraparte famosa. Talvez seja divertido jogar com um mago derrotado em Forgotten Realms chamado de Elminster. Ou quem sabe um neófito Caitiff chamado de Caim. Com um bom background pode-se dar muitas idéias boas ao mestre seguindo este tipo de conceito, porém, é plausível que não se utilize desta tática por muitas vezes consecutivas. O velho Oblib ficou para trás há quase dez anos, no meu caso.

Uma alternativa para quem gosta de procurar inspiração em livros ou filmes é procurar nomes de coadjuvantes ou apelidos menos conhecidos dos personagens principais. Como é citado no Hero Builder's Guidebook, qualquer um seria capaz de reconhecer os nomes Gandalf e Saruman, retirados obviamente da Bíblia Nerd. Porém, dificilmente reconheceriam Curunir e Olorin (Outros nomes poucos conhecidos para os dois magos). Da mesma forma, poucas pessoas se lembrariam de Zula (A guerreira de Conam: O destruidor), o mercenário Madmartigan (personagem interpretado por Val Kilmer, em Willow na Terra da Magia), ou Chukha-Trok (O grande guerreiro Ewok de Caravana da Coragem).

É interessante também evitar a todo custo nomes do tipo "comédia", que possam ser usados como piada freqüentemente por aqueles jogadores mais chatos durante a aventura. No início pode ser legal ter um bárbaro usado João Grandão, um ranger chamado Holly Wood ou um anão alcoólatra chamado Bud Weiser, mas é muito improvável que a piada continue engraçada uns dez níveis depois... E por mais épico que você seja, quem é que vai respeitar um aventureiro com um nome tosco?

Exotismo é necessário



Os mundos do RPG são lugares fantásticos com lugares diferentes, raças diferentes, culturas diferentes que falam línguas diferentes. Como seria de se esperar, estes aspectos refletem os nomes daqueles que habitam estes mundos. Por via de regra, quanto mais exótico o nome, mais acentuado o sentimento de estranheza que permeia o ambiente onde ocorre a aventura, muito diferente do nosso.

Uma alternativa bastante interessante é procurar nomes estrangeiros. O idioma mais comum para este tipo de coisa é o inglês. Embora alguns nacionalistas chatos de plantão costume torcer o nariz, existe uma razão para isso. Quando se pensa tanto em RPGs medievais quanto no período histórico, a primeira língua que vem à mente é o inglês, justamente pela importância das nações de origem saxônica nessa época. É de origem saxônica também, grande parte da mitologia que envolve o RPG de fantasia medieval. O inglês também está intimamente ligado ao universo da sua diversão favorita graças à grande influência norte-americana nesta área, afinal, é de lá que vem os livros que você usa para jogar. Assim, embora nomes como Sean Ausland ou Derek Nesmith não sejam propriamente os mais exóticos do mundo, ainda conservam o distanciamento necessário para se qualificarem como boas alternativas.

Durante muitos anos a lista de agradecimentos e playtesters do Livro do Jogador da segunda Edição de Dungeons & Dragons (o falecido AD&D) foi muito popular entre os jogadores na hora de batizar seus personagens. É um método fácil, que consiste basicamente em misturar um nome e um sobrenome à procura de algo novo. Muitas de minhas invenções para contos, jogos ou para o material que viria a se transformar em aventura, obedeceram e ainda obedecem este método. Alguns exemplos são Florin, Elsia e o Anel Negro.

É possível ir ainda mais longe (literalmente!), evitando nomes comuns demais como Michael, John ou algo do gênero. Pode-se procurar nomes antigos, arcaicos, populares em outras épocas, mas em desuso atualmente. Nomes do tipo: Galfrid, Hugone, Jok e Gouen para homens, e Amicia, Oliue ou Sibilla, no caso das mulheres, foram usados na província inglesa de Yorkshire por volta do ano de 1379 (http://www.s-gabriel.org/names/talan/yorkshire/yorkshiref.html). Piers, Mayhew, Gyles, Bertram e Ranlyn são exemplos de nomes ingleses do Século XV (http://www.s-gabriel.org/names/arval/agincourt). Todos estes e até algumas variações dos mesmos serviriam para personagens de qualquer cenário de fantasia (E até mesmo para algumas aventuras de Vampiros ou ficção científica).

É mais interessante ainda procurar exemplos muito afastados de nossa cultura. Países que são muito distantes, com línguas de outra origem que não o Latim podem servir como inspiração. Nomes finlandeses, por exemplo, tem uma sonoridade muito divertida e muito diferente da que estamos acostumados e geralmente causam estranheza (http://sci.fi/~kajun/finns). Sirka Hämäläinen (para mulheres) e Jarkko Ahokainen (para homens) são bons exemplos (e divertidos também =P).
Outra língua interessante quando se trata de nomes curiosos é o gaélico, da região das Ilhas Britânicas que é o idioma oficial da Irlanda (Juntamente do inglês). Sua sonoridade quase cantada e o fato de estar sempre relacionado com antigas lendas sobre fadas e outras criaturas míticas, fazem de nomes criados nesta língua ótimas escolhas para personagens medievais diferentes. Tiernach, Maél-Tuilli, Amalgaid, Cáirthenn e Báetán são nomes típicos de lá.

Outra grande vantagem de se usar referências idiomáticas é aproveitar o significado das palavras para enriquecer mais ainda o seu personagem. Nomes antigos possuem significados bastante interessantes, muitas vezes até vinculados à Era Medieval, o que facilita ainda mais o serviço. Outra alternativa é procurar palavras com significados ligados ao seu futuro aventureiro através de um dicionário especializado (há sites que fazem o mesmo serviço, basta procurar, mas uma dica é o (http://dictionary.com), e a partir daí, formar o nome que você deseja. Assim, o bom e velho Oblib poderia se chamar Dóid Aoine, que numa tradução do Gaélico e com muita boa vontade pode significar "Mãos Ligeiras".

Como até mesmo um idiota poderia perceber, a Internet é uma fonte INESGOTÁVEL para este tipo de consulta. Basta procurar rapidamente pelo Google para encontrar listas e mais listas de nomes tipicamente usados nos mais variados países. Os exemplos que foram apresentados neste artigo, não são os únicos nem os mais adequados para o seu personagem. É provável que você vá preferir algo russo ou africano, ou quem sabe germânico. Basta procurar direitinho (tentei postar alguns endereços ao longo da matéria, para ser um bom ponto de partida).

Na Dúvida, Invente



Enquanto algumas pessoas preferem usar referências tomando nomes vindos de outros países, mídias ou outras fontes. A maioria das pessoas prefere inventar tudo do zero. A idéia é aparecer com um nome novo, inédito e único, tanto na história da sua mesa quanto no mundo em que você vai se aventurar. Este é um procedimento normal, muito utilizado por jogadores com experiência e conhecimento do cenário em que jogam. Porém, antes que você comece a olhar para o seu teclado, procurando a letra que será a inicial mais simpática, vou tentar dar algumas dicas específicas.

SONORIDADE: A menos que você tenha escolhido algumas das minhas opções de nome exótico ou alguma outra tenha chamado sua atenção pela internet ou em livros, é importante prestar atenção na sonoridade do nome que você vai escolher.

Alguns jogadores (E mestres também...) são preguiçosos por natureza (Eu que o diga...). Não vai servir pra nada você quebrar sua cabeça para inventar um nome complexo como Glitromarnick se o resto do grupo vai passar a campanha inteira te chamando de "Guerreiro". Justamente por isso, às vezes, é bom facilitar as coisas para as duas partes e manter a simplicidade (sem perder a originalidade). Nomes simples e únicos como Geeb para um halfling, ou quem sabe Arion para um paladino, oferecem bem menos dificuldades.

No caso do uso de sobrenomes, é interessante evitar iniciais iguais a ultima letra do primeiro nome (como Alliane Erolin ou Darin Noron). É natural que as letras acabem se fundindo na pronúncia, o que pode confundir e atrapalhar, fazendo com que o nome que você inventou perca totalmente o significado.

SOBRENOMES: O uso de sobrenomes acaba deixando o nome de seu personagem mais completo, sofisticado. Além do que, em termos de background, significa que ele tem (ou teve) uma família reconhecida, o que por si só já deve gerar vários plots para serem usados tanto por você quanto seu mestre (o que não vem ao caso agora =P).

É interessante analisar algumas referências na hora de criar seus próprios sobrenomes. No Europa, o uso de sufixos e prefixos muitas vezes indicava (e em alguns casos ainda indica) algum foto histórico ocorrido na família ou grau de hereditariedade. O caso mais conhecido talvez seja o prefixo Mc ou Mac entre os escoceses, que significa "filho de ...". Assim, o ator Ewan McGregor, caso tivesse nascido nos antigos tempos de seu país, seria "Ewan, o filho de Gregor". Outro exemplo com o mesmo significado ocorria no Inglaterra, onde se acrescia a letra "s" ou a palavra "son" (filho), como em Willians ou Davidson.

Existem sufixos com outros significados, como a palavra "kin", que era usado com a função de diminutivo (como em Perkin - pequeno Peter - ou Wilkin ­pequeno Willian). Estes termos também podem ser usados para indicar algum defeito ou característica que de alguma forma seja vergonhosa. Um exemplo conhecido é "Fitz" (originário do francês "fils" - que quer dizer "filho"), antigamente utilizado na Inglaterra para indicar ilegitimidade. Deste modo, o sobrenome Fitzroy, por exemplo, queria dizer na verdade "filho ilegítimo do rei" (do original "fils de roi").

Considerando que em fantasia medieval, o idioma comum normalmente difere do idioma que falamos no mundo real, você também pode criar seus próprios prefixos e sufixos, usando os exemplos apresentados como base. Por exemplo, em eu mundo, o prefixo Ark’ no sobrenome pode significar “Neto de ...” ou o sufixo ‘Tar demonstre que o personagem veio de um determinado local ou seja descendente de alguma tribo específica.

TÍTULOS E APELIDOS: Existe um modo de mesclar a simplicidade com a pompa no mesmo nome. Trata-se do uso de títulos de nobreza. Existem, no entanto, exceções, mas boa parte dos nobres é conhecida por seu título seguido de seu respectivo sobrenome.

Embora seu nome completo já tenha sido apresen­tado algumas vezes, todos se lembram do mais mortífero Death Knight (Cavaleiro da Morte, no velho Monstrous Manual da Abril) de Dragonlance apenas como Lorde Soth. E o que dizer do vampiro mais famoso do mundo, o Conde Drácula? Mesmo quando o nome é composto, a opção pela simpli­cidade ainda permanece. O mesmo pode ser feito com o seu personagem (sempre com a tradicional explicação no background, é claro).

Apelidos também são bastante populares, princi­palmente ocupando o lugar aonde normalmente viria um sobrenome. O ideal é basear-se em alguma característica bem marcante do seu personagem, algo que o destaca dos outros. Assim, se seu bárbaro é um gigante ruivo de dois metros, talvez você possa chamá-lo de Karthak, o Vermelho (ou Karthak, the Red, caso você goste mais de termos em inglês). Ou talvez o apelido represente um talento exagerado em alguma coisa, ou o falta de modéstia do dono da alcunha. Como exemplo, podemos usar um gnomo ilusionista que insiste em se intitular Durilidd, o Magnífico.

Em determinados casos, o apelido pode fun­cionar como uma maneira de humilhar ou depreciar alguém em razão de um precon­ceito ou de uma desvantagem pessoal. É o caso de Tanis Meio-Elfo, de Dragonlance, que é assim chamado justamente por não ser aceito como igual nem entre os elfos e nem entre os humanos.

MODELOS: Após décadas de desenvol­vimento do gênero Fantasia Medieval atra­vés de romances, filmes e RPGs, é comum que se criem algumas leis ou regras infor­mais. Coisas do tipo a presença de orcs, a antipatia entre elfos e anões, magos entre outras coisas. Boa parte delas veio da grande “Bíblia Nerd” conhecida como O Senhor dos Anéis (Afinal, Tolkien é o pai, Rhapsody é o filho e o Iron Maiden é o Espírito Santo...). Com nomes acontece algo semelhante, basta observar com calma os principais cenários de RPG para perceber. Com base nisso po­demos fazer um traçado geral que deve facilitar bastante na hora de, por exemplo, criar persona­gens não humanos.

Ter em mente que os nomes, em geral, baseiam-se nas características psicológicas da raça, já é meio cami­nho andado. Elfos são um povo gracioso, dedicados à arte e magia, certo? Assim seus nomes são geralmente compostos por letras que dão um sentido quase musical à palavra, como t, l, a, s, h, n, e, i. Ex: Lauranathantalasa, a princesa do reino élfico de Qualinesti em Dragonlance.

Já os anões formam um povo rústico, fechado, sisudo e guerreiro. As principais letras usadas são as mais fortes, com som ressonante coma d, h, e, o, m, n, g. Seus sobrenomes refletem sua paixão pela batalha ou pelo trabalho, sempre ligado a seus instrumentos ou algo do gênero. Ex: Thogar Hammerhead, Regente de Doherimm, o reino anão de Tormenta.

Goblinóides são monstros de cultura tribal e mili­tar, brutos e violentos. Justamente por causa disso, seus nomes usam letras com sons ríspidos, formando quase um rosnado como g, h, r, k. Seus sobrenomes lembram os dos anões, seus grandes inimigos, mas em geral servem para exaltar alguma qualidade ou mérito capaz de assustar seus adversários. Ex. Ghurrar Darkblood, típico hobgoblin.

Não é difícil decifrar as regras por trás das outras raças típicas de mundos medievais. É bom também não se esquecer que cada cenário pode ter regras diferentes (Star Wars, pode não ser medieval, mas tem um método particu­lar para os nomes de personagens). É só ficar atento aos nomes de NPCs, locais e outras coisas no processo de familiarização com seu cenário de campanha. O resto é fácil.

1 de setembro de 2008

Sidequest #12 - Campanha do Paço

Olá aventureiros! Estou eu aqui em um post curto só para avisar que há uma nova atualização no blog de aventuras! O prólogo da nova campanha está disponível em forma de Post para quem quiser ler.

Recomendo a todos os meus jogadores que estiverem lendo este post, para que também leiam o do outro blog, será de importância singular para entender os eventos que acontecerão na próxima aventura.

Por hoje é só ^^

See ya! o/

28 de agosto de 2008

Sidequest #11 - Mystara


Olá aventureiros! Em tempos de faculdade e de blog às moscas, venho eu em mais um pequeno post para falar de um projeto que ainda é formado apenas por idéias soltas nas cabeças de dois mestres muito ocupados com suas faculdades.

No encontro de RPG do Bob's(tratado no post anterior), eu disse que encontrei alguns velhos amigos, dentre eles um colega meu que é muito fã de AD&D. Entre os papos, conversamos sobre montar uma campanha de Mystara que fosse interligada entre mesas. Falei com ele que tive um projeto desses com Forgotten Realms há uns anos, só que desisti por falta de outros narradores.(Inclusive o outro blog ainda podia ser acessado há umas semanas atras - http://www.liveforgottenrealms.blogspot.com).


A conversa que tive com ele realmente me motivou, em meu mínimo tempo livre, eu estou lendo bastante coisa sobre o cenário, tentando relembrar coisas que havia esquecido e aprendendo fatos novos para serem usados em futuras campanhas.

Foi lendo um dos artigos que pensei comigo mesmo: "Por que não monto meu próprio site de Mystara?". A resposta veio em forma de desânimo: "Porque você não tem tempo seu ocupado!". De certa forma, ainda estou um pouco motivado a tentar algo. Vi alguns desenhos de minha Amada hoje e tive inclusive algumas idéias novas.

Acho que em um futuro distante o site pode até sair, mas preciso de ajuda para a tradução dos artigos. Eu mesmo estou traduzindo sempre que posso. Mas só criarei o site quando tiver uma quantidade boa de material para postar. Tem uma pessoa no meu grupo que se dispôs a traduzir pequenos textos, mas assim como eu, ela não tem tempo nenhum por causa da faculdade.


Bem... Espero que o site saia algum dia. Quanto a campanha viva, acho que ela se aproxima, só preciso de uma posição de meus dois jogadores ausentes em relação ao grupo. Estamos em férias de D&D, férias necessárias para o mestre e para os jogadores, que estão conhecendo outros sistemas. Logo logo retornaremos com todo o gás.

Por hoje é só o/

See ya!

23 de agosto de 2008

Sidequest #10

Olá pessoas! Desculpem a demora entre as atualizações, mas a faculdade está me tomando 99% do tempo. Antes eu tava só no descanso, pagando uma cadeira só, agora é mais pesado, to estudando quase todo dia de manhã até de noite =/

Hoje eu fui no "Venha Jogar RPG com a RedeRPG e o Bob's" lá na Rosa e Silva(Avenida que abriga o glorioso e lindo clube =P). Mestrei uma sessão One Shot de AD&D, mais para que eu relembrasse das regras do que pra me divertir em si. Não sei se a galera curtiu muito, pois ninguem falou nada além de minha querida e amada Mi ^^

Imprimi fichinhas coloridas para dar de brinde pra galera que jogou comigo, a maioria das pessoas sequer levou pra casa(acho que só minha amada e Renato que levaram). O melhor de tudo é que eu reaprendi basicamente todo o sistema de AD&D, só faltou eu me especializar em magias mais um pouco. Acredito que daqui a alguns meses poderei voltar com o bom e velho sistema.

Para finalizar o Post, vou disponibilizar uma imagenzinha para download, em homenagem a todos os saudosos fãs de D&D de arcade, que me inspirou a efetuar o downgrade na minha campanha =P

15 de agosto de 2008

Review #9 - Mystara


Olá aventureiros! Primeiramente, gostaria de me desculpar pela falta de posts. Tenho uma justificativa boa: Minhas aulas na faculdade começaram, ou seja, mal tenho tempo pra ir ao banheiro =/

Estou arrumando um tempinho nessa boa e velha Sexta-Feira para lançar mais um review. Como não tive mto tempo para me organizar, decidi publicar um artigo que escrevi há um certo tempo para a Wikipédia Brasileira, sobre um dos meus cenários de RPG favoritos: Mystara.

Minha paixão por esse mundo começou depois que eu viciei naquele joguinho de Arcade chamado D&D: Shadow Over Mystara. A partir daí, comprei o livro(que por mta sorte tinha sido publicado pela Abril Jovem no Brasil) e saí me especializando no cenário.


Mystara é um cenário de campanha para o RPG Dungeons & Dragons. Ele foi originalmente conhecido como "Mundo Conhecido", um cenário semi-genérico usado nos primeiros módulos de aventura, primeiramente mencionado no Módulo X1, Isle of Dread(Ilha do Medo), e foi expandido em vários módulos e livros de D&D, particularmente uma série de Gazeteers(um livro que descreve uma região ou um reino por inteiro, de política e geografia Física até NPCs).

Mystara começou como projetos semi-independentes escritos por times diferentes de escritores que eram, cada um, designados à tarefa de desenvolver culturas diferentes e nações que existiriam em um mundo de fantasia e que fossem suportados pelo D&D ao mesmo tempo. O trabalho deles foi reunido e compilado, corrigido, adaptado e combinado para formar um mundo de fantasia: Mystara. Apesar de ter sido oficialmente deixado de lado por seus criadores, muitos fãs continuam a desenvolver e evoluir este cenário de fantasia em conjunto, continuando a temática original desenvolvida pelo grupo de criadores.

O Planeta de Mystara

A superfície externa de Mystara consiste em três massas principais de terra: O continente de Brun, o continente de Skothar e o continente de Davania, mais uma ilha continente de Alphatia(depois de 1010 AC). No material oficialmente publicado, o Mundo Conhecido se concentra no extremo leste de Brun e vaoi até as terras do Sea of Dawn(Mar do Amanhecer). Os continentes de Mystara se parecem com os da Terra aproximadamente 150 milhões de anos atrás.

Os habitantes de Mystara são diversos: Humanos de todas as raças podem ser achados aqui, da mesma forma que as mais diversas criaturas como Elfos, Halflings, Orcs e dragões.

Algumas das nações notáveis de Mystara incluem o Thyatian Empire(Império de Thyatis), o Grand Duchy of Karameikos(Grande Ducado de Karameikos), os Principalities of Glandri(Principado de Glantri), a mercantil Republic of Darokin(República de Darokin), os Emirates of Ylaruan(Emirados de Ylaruan), a nação Anã de Rockhome, o Elven Kingdom of Alfheim(Reino Élfico de Alfheim), as terras Halflings de Five Shires(Cinco Condados) e o Chaotic Alphatian Empire(Império Caótico de Alphatia).

O Continente de Brun

A mais conhecida massa de terra na superfíciede Mystara é na verdade uma pequena porção do continente de Brun. Ela consiste em três massas de terra principais: O continente de Brun, Skothar e Davania; mais os arquipélagos continentais que constituem o Império de Alphatia. No matérial oficialmente publicado, o Mundo Conhecido se concentra na porção mais a leste de Brun, e vai até as terras do Mar do Amanhecer(Sea of Dawn).


O Mundo Conhecido

O Mundo Conhecido tem culturas e um nível tecnológico que lembra a Europa na nossa Terra por volta do século XV, mas sem as armas de fogo. Nações do Mundo Conhecido mostram uma grande variedade de tipos de governo. Algumas nações são povoadas quase que inteiramente por semi-humanos e/ou humanóides. Por convenção comum, as fronteiras do Mundo Conhecido são aquelas descritas no mapa originalmente publicados no módulo X1, The Isle of Dread(A ilha do Medo), mais Norworld, The Isle of Dawn(A ilha do Amanhecer) e Alphatia(Wrath of Immortals, em seu título original).

Como o nome implica, o Mundo Conhecido cobre a maioria das nações notáveis de Mystara, aquelas mais comumente usadas nas campanhas baseadas no mundo e as que servem de cenário na ficcão(publicadas nos romances oficiais e pelos fãs). Isto inclui o Império de Thyatis, que pode ser comparado ao império Bizantino; o Grande Ducado de Karameikos, comparável ao sudeste da Europa Medieval; os Principados de Glantri, que são similares a Europa Oriental medieval, e são comandados por um Príncipe Mago; as terras de Ethengar, similar à sociedade Mongol; a República Mercante de Darokin, que é vagamente baseada na época mercantilista da Itália Medieval; os Emirados de Ylaruan que são similares à Arábia; os Heldannic Territories(Territórios Heldanicos), comandados por uma ordem de Cavaleiros religiosos devotados ao Imortal Vanya, muito parecidos com os cavaleiros Teutônicos; os Atruaghin Clans, que lembram os Ameríndios; a nação de Sind, baseada na Índia durante o império dos Mughals; os reinos do norte de Ostland, Vestland e Soderfjord Jarldoms, baeados nos reinos escandinavos em vários períodos da história; a nação anã de Rockhome; o reino élfico de Alfheim; as terras halflings de Cinco Condados; e o império Alphatiano, governado por Magos Arcanos.

No distante Nordeste do Mundo Conhecido, através da Grande Vastidão, está a misteriosa terra de Hule, comandada por Hosadus, conhecido também como "O Mestre". Também na periferia do Mundo Conhecido, estão os reinos de Wendar e Denagoth, primeiramente uma nação dominada por elfos e depois um reino montanhoso maligno, com intenções malignas para com Wendar. Adri Varna se localiza entre Sid, Wendar, a Grande Vastidão e as Montanhas Negras, formando a borda norte de Glantri e definindo os limites norte da região.

A Costa Selvagem

Mystara inclui também a Costa Selvagem, uma área costeira localizada do sul da parte central do continente de Brun, até o sudoeste de Hule. Esta parte de Mystara é afetada pela Maldição Vermelha, que eventualmente mata os habitantes atrravés de uma mutação a menos que um metal chamado Cynnabryl seja usado em contato com a pele. Esta área foi publicada em seu próprio Boxed Set intitulada Red Steel(Aço Vermelho), e mais tarde, foi republicada online como Savage Coast(Costa Selvagem). O gosto aventureiro é muito diferente daquele do Mundo Conhecido, mais próximo da atmosfera exploradora de territórios que houve na Europa Medieval, incluindo até mesmo poder de fogo.

A alta especificidade da Maldição Vermelha também tende a manter os habitantes da Costa Selvagem dentro da região, tendo em vista que os efeitos debilitantes costumam piorar se eles saírem da área amaldiçoada.

O Continente de Davania

Mesmo que a maioria da civilização do Mundo Conhecido tenha historicamente se originado desta parte do planeta, não ouve muito material desenvolvido enquanto os produtos de Mystara ainda estavam nas prateleiras. A primeira grande aparição do continente de Davania ocorreu na Dragon Magazine #148. O continente foi então esboçado como uma série conhecida como The Voyage of Princess Ark(escrito por Bruce A. Heard) que foi publicada até o número #220. Nos anos mais recentes, muitos fãs de Mystara viraram suas atenções para Davania com material feito por eles mesmos.

Hollow World

Mystara é um planeta profundo, com uma vasta superfície habitável em seu interior chamada Mundo Inferior(Hollow World). Este mundo é iluminado por um sol vermelho e eterno no centro de Mystara, e serve como "museu cultural", preservando as sociedades que se tornaram extintos no mundo externo. Deve-se ter em mente que os criadores originais do mundo de Mystara desenvolveram uma vasta e compreensiva história, quase tão longa quanto a da civilização do mundo externo. A existencia do Mundo Inferior não é, de maneira geral, conhecida pelos habitantes do Mundo Externo. A região polar é enorme, e é o único lugar onde se pode encontrar entradas que ligam o Mundo Inferior ao Mundo Externo, embora seja uma uma jornada muito difícil através de terras muito geladas, escuras, tempestuosas e com diversas áreas anti-magia. A curvatura e profundidade das entradas são tão subtas que muitos exploradores sequer notam que passaram de um mundo para o outro, isto costuma causar um grande choque.

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Bem, esta é a parte que interessa do grande mundo de Mystara. O artigo que escrevi para a Wiki está mais detalhado um pouco, contando inclusive com comentários sobre o jogo para Arcade e sobre os romances de Mystara que ficaram famosos entre os fãs.

Espero que todos tenham gostado do artigo. Pretendo postar no blog sempre que tiver um tempinho sobrando, para que o blog jamais morra ^^

Links Úteis:

8 de agosto de 2008

Conto #1 - O sonho da Princesa!

Olá aventureiros! Estou eu aqui em mais um post para vocês ^^ Esta tarde estava falando com minha digníssima e amada namorada e perguntando-a em que eu poderia melhorar o blog ainda mais. Ela tinha me dado uma sugestão há muitos comentários atrás de publicar alguns contos aqui. Então, para estrear a parte de contos do blog, eu coloco este pequenino que fiz com ela no MSN, onde cada um escrevia um parágrafo.

Sei que não somos Stephen Kings da vida, mas espero sinceramente que seja uma leitura agradável e que o texto traga ideias para aventuras de vocês mestres ^^

***

Helena sempre sonhou em ser uma rainha. Desde muito pequena foi educada para ser uma mulher como todas as outras da nobreza. Ela estava satisfeita, provavelmente se casaria com um rico nobre de um reino vizinho, era tudo o que poderia desejar para si. Talvez um ou dois anos e ela teria um belo pretendente com quem se casaria e teria muitos filhos. Então veio a guerra...

O pequeno exército do reino de Ahiott não teve forças para conter a invasão dos monstros que vieram das montanhas, liderados por um monstruoso mago que explodia tudo o que olhava. Em pouco mais de vinte horas, o reino havia caído, toda a família real morrera de forma brutal. Helena, que conseguira sobreviver, foi acorrentada e levada ao monstruoso mago Deimos.

Deimos era a pessoa mais asquerosa e repugnante que Helena já havia visto, mas, ao contrário do que ela imaginava, eles tinham um ponto em comum: ele também gostaria de se tornar um rei de fato e não apenas um invasor de reinos. Deimos não se deu ao trabalho de conhecer Helena, mas anunciou para todos que se casaria com ela em breve. Isso o tornaria o novo rei de Ahiott.

Helena estava aflita demais para planejar algo pra fugir. Não ensinaram aquele tipo de coisa nas suas aulas de etiqueta. Ela segurou com força o pingente em forma de folha prateada no seu pescoço, era um presente da sua falecida mãe. Apertou-o tanto que o pingente se espatifou e um pedaço de papel caiu dele. "Não era prata!", mais essa notícia inconveniente agora. Ela pegou o papel e viu que era uma foto da sua mãe com um bebê de orc, a rainha sorria calmamente.

Helena só havia visto um sorriso tão tranquilo em sua mãe quando saíam para passear nos jardins do palácio, ela parecia tão feliz quanto naquele dia em que ficaram a tarde toda caçando esquilos na plantação de maçãs do castelo. Quem seria este bebê? Foi então que se arrepiou até a espinha, ao pensar que aquela criança horrível pudesse ser de alguma forma algum parente seu.

Perdida entre seus pensamentos, Helena não notou a aproximação de Deimos. O mago colocou a mão em seus ombros de forma gentil, algo deveras incomum para alguem que tinha invadido um reino e matado toda a sua família. -Esta foto me traz sentimentos nostálgicos... - Murmurou o mago em uma voz gultural. De alguma forma, ele sabia quem era a criança, e conhecia a Rainha. Helena já não se aguentava mais de dúvidas e ansiedade.

Ela o olhou de lado, não sabia o que falar, embora tivesse muitas perguntas a fazer. Deimos balançou a cabeça em sinal negativo: - O que será que a pequena Helena pensou agora? Eu daria uma moeda por seus pensamentos! - ele entrelaçou os dedos acinzentados, sua pele não era humana. Helena permaneceu calada, guardou com rapidez a foto entre suas mãos e, tomando toda a coragem que tinha, olhou-o nos olhos: - Não te interessa...
-Escute...eu estou tentando ser amigável com você, Helena...-Deimos cruzou os braços, parecia um pouco irritado pelo fato da menina se recusar a temê-lo. - Você deveria me tratar bem. Foi para isso que foi ensinada. Não quer saber quem é o bebê da foto? Eu poderia te contar se...
-Espero que ele esteja morto...e toda a sua família...- ela disse sem pensar duas vezes.
Deimos não conseguiu manter seu disfarce gentil, segurou-a pelos ombros e chacoalhou a garota diversas vezes, gritando, exaltado e furioso: -Já chega! Você vai ter o que merece! -ele a arrastou pela mão- Eu tentei Helena...eu tentei pela sua falecida mãe...eu tentei...você que é a garota má dessa história...- ele repetia em tons de voz variados, andando cambaleante e rápido pelo calabouço da sua torre.

Os dois andaram pelo calabouço durante alguns minutos. Helena sentia o cheiro da morte por todos os cantos dos corredores imundos. Ao olhar para os lados, via ratos passando, os mais terríveis insetos subindo pelas paredes... A alma de Helena então parou e a jovem desmaiou.

A jovem princesa, ao acordar, não tinha mais noção de tempo e espaço. Era engraçado como as coisas acontecem rápido na vida. Helena conversava com suas amigas, todas elas queriam vidas ricas em aventuras, e tudo o que ela queria era uma vida em paz, ao lado de um bom marido e vários filhos. Mas, em um mundo onde dragões comandam reinos e homens lançam bolas de fogo pelas mãos, uma princesa nunca poderia ter uma vida comum.

Deimos pôde ver o brilho da jovem ao enfiar o punhal em seu peito. Ela conservava toda a sua delicadeza mesmo no momento de sua morte, quem sabe, se a menina colaborasse da mesma forma que sua mãe, ela se tornasse a rainha que tanto sonhou em ser. O Deus da morte precisava de um ventre virgem, e Helena não quis esta honra. Antes de fechar seus olhos por completo, a jovem compreendeu que não passava de um sacrifício.

Deimos jogou o corpo de Helena sobre o assoalho e, começando a ofegar por ter matado a garota que era peça chave nos seus planos, ele arrancou violentamente a foto da rainha das mãos de Helena: - Se tivessem me reconhecido como o primogênito, como digno do trono do nosso reino e me tivessem dado Helena...- ele olhou o cadáver e sorriu ternamente -...eu não teria feito tudo isso. Deimos rasgou com calma aquele pedaço de papel e jogou sobre Helena. Trancou a porta do local e partiu: -Toda a minha família se foi agora. Como é duro ser órfão...
Minutos depois, Deimos reuniu seu exército e anunciou que havia uma nova conquista em mente. Partiria para Candiha, para tomar o reino e todas as suas cinco princesas. O Deus da morte precisava de um corpo e Deimos daria o melhor de si para não desapontá-lo.

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